Digamo-nos coisas acerca da marcha e de sua mira

Os pés para cinco dias da semana
e o chão e o arco velho das costas
rechinando calendários
como quem manca por pedra
no sapato e dá estranheza
a quem a queira entrouxar.

Os olhos - os mais deslumbrantes
orifícios - para os fins de semana
e outros, que desfechos os haverá
incessantemente para o bem de todos
os buracos do planeta.

As mãos para as fendas dos tempos
desta e daquela e da outra vida
e todas numa – a que marcha a cavalo

do acasalamento dos sentidos.

2 comentários:

Júlio Saraiva disse...

anita,

passei aqui pra te ver e matar um pouco a saudade.

carinho,

j.

Ana Jerónimo disse...

Viva, Júlio

Que bom teres passado. Passa sempre.

E obrigada.

Abraço
Anita